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Neste último mês de março, ao invés da renovação anual de cores e cheiros que a primavera tem por hábito trazer, vivemos antes os primeiros passos da reinvenção da ESCOla como até à data a conhecíamos.

A situação de pandemia que o nosso país (e o mundo) enfrenta, obrigou a que todos tivéssemos de repensar os nossos modelos mais interiorizados de relação com os outros e os processos de trabalho, obrigou ao distanciamento e à contenção, em prol do bem comum e da defesa da saúde pública.

Ora a “Educação” vive de relação; este é um setor de “Pessoas para Pessoas”, e na ESCO, em particular, esta é uma Visão sempre presente e inspiradora na nossa forma de atuação.

Mas a Escola também é um organismo vivo, em constante evolução e mutação e por isso mesmo, rapidamente descobrimos, se porventura dúvidas houvesse (!…), que as PESSOAS que fazem a escola (Alunos – Professores – Pessoal Não docente – Famílias – Comunidade), fazem-na mesmo fora dos muros do edifício, mesmo à distância do toque e mesmo sem partilharem o mesmo espaço de trabalho.

Nos últimos anos, muito se ouviu dizer que, em alguns contextos, por vezes tínhamos uma “Escola do Século XIX, com Professores do Século XX e Alunos do Século XXI” …

Pois bastaram alguns meses e uma “mola” tão poderosa como desesperadamente letal, para que todos se voltassem a reunir num espaço-tempo comum onde o que prevalece são as relações interpessoais, a colaboração e cooperação, a disponibilidade mútua, a vontade de manter a relação pedagógica no processo ensino-aprendizagem, no fundo, os tais “denominadores comuns” entre todos, e que, afinal, na grande maioria dos casos, são bem mais relevantes do que os pontos de divergência.

E é agora, no contexto atual, com todas as restrições e adaptações necessárias a um novo modo de vida, que nos apercebemos disto com maior clareza.

A ESCO tem estado, desde 16 de março de 2020, em Modelo de Ensino à Distância (E@D) com todos os seus Alunos, mantendo o horário escolar e a prática pedagógica através das plataformas digitais, em tempos síncronos e assíncronos e, desde a semana de 18 de maio, retomou igualmente, para algumas turmas e disciplinas, o Ensino Presencial, após a introdução de todos os procedimentos de segurança e recomendações definidas para este efeito pelas autoridades competentes.

Professores, Alunos, Técnicos Especializados e Pessoal Não Docente, todos foram mobilizados e se mobilizaram, e assumiram desde o primeiro momento como sua, esta “missão” de manter viva a relação pedagógica, o acompanhamento disponibilizado pelos Serviços Administrativos e Estruturas de Apoio (GAAF, SPO, entre outras) e o processo de Ensino-Aprendizagem ativo, apesar destas circunstâncias tão especiais e das enormes restrições à prática pedagógica, nos termos em que antes era desenvolvida e sobretudo atentando a algumas das especificidades muito próprias do Ensino Profissional.

Volvidos dois meses, podemos hoje dizer que o balanço é positivo. Quer os professores como os alunos sentem que, apesar da distância física, a relação pedagógica continua forte, todos os envolvidos viram as suas competências digitais fortalecidas, vários procedimentos internos foram revistos e, neste momento, estamos convictos de que algumas destas “novas” formas de trabalho vieram para ficar!

Assim é a Escola Hoje, uma escola necessariamente diferente, mas onde o que na verdade se revela é a essência.

Na ESCO, essa essência são as PESSOAS.

Muito obrigada a todos!

“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos”.

(José Saramago)